Coleção científica. Confinado à região da Caatinga do nordeste do Brasil, a espécie pertence à família Dasypodidae e à tribo Tolypeutini, sendo que o gêneroTolypeutes engloba ainda uma espécie, T. matacus, bem mais comum que a anterior, e cuja distribuição geográfica é bastante ampla. Espécie de pequeno porte apresenta carapaça convexa com as porções escapular e pélvica recobertas por placas variando de ovais a hexagonais isodiamétricas, separadas por cintas ou bandas articuladas que podem ser em número de duas a quatro, sendo três a mais comum. (3 faixas flexíveis, entre os escudos branquinal e pélvicos). O escudo cefálico é bastante desenvolvido. Possui umas curtas caudas tuberculadas, recobertas por placas arredondadas. Sua cor varia de amarelo a pardo escuro, dependendo do ambiente em que habita. Sua característica mais conspícua é representada pela habilidade de se enrolar quando molestado ou em situações de perigo, de onde provém o nome popular de tatu-bola. As fêmeas produzem um ou, mais raramente, dois filhotes por ninhada. Esses nascem já completamente formados. Na época de acasalamento, podem ser vistos vários machos acompanhando uma fêmea. A atividade de forrageamento é caracterizada pelo vasculhamento do solo com as narinas, objetivando a coleta de formigas, cupins, larvas de insetos, aranhas, escorpiões, frutos, ovos de lagartos, dentre outros itens, possuindo uma dieta bastante generalista. T.tricinctus ocorre em simpatria; (ocorrência de duas ou mais espécies em uma mesma área geográfica), com outras espécies de tatus, como Euphractus sexcinctus, Dasypus novemcinctus e D. septemcinctus, além de Cabassous unicinctusk. Possuindo pouca habilidade cavadora, e sendo um único defeso natural enrolar-se ao ser molestado. O tatu-bola é facilmente capturado, atividade que normalmente é realizada com o auxílio de cães. A sua carne é também muito apreciada na região, sendo que se distribui ao longo de uma das áreas mais pobres de todo o país. Devido aos seus hábitos reprodutivos, a atividade de caça é aparentemente facilitada na época do acasalamento.
Observação: O Tatu-bola constituiu, em décadas anteriores, um importante recurso alimentar para diversas comunidades da Caatinga da região nordeste. Há ocorrência em unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) e Estação Ecológica do Raso da Catarina (BA).
Comprimento: 40 a 53 cm e mais 10 cm de cauda.
Ocorrência Geográfica: Apesar de ter sido bastante abundante no passado em todos os estados do nordeste do Brasil, o tatu-bola atualmente conta com populações extremamente reduzidas em função da alteração em larga escala dos ecossistemas característicos ao longo de sua área geográfica original. T.tricinctus está praticamente extinto nos estados de Sergipe e do Ceará, Noroeste de Minas Gerais próximo à fronteira com a Bahia e no Rio Grande do Norte. Suas populações remanescentes se encontram distribuídas de maneira escassa a fragmentada em regiões de difícil acesso, que apresentam extensas formações de caatinga arbustiva sob substrato arenoso ("rasos"), localizadas em municípios com baixa densidade demográfica. A maior parte das populações remanescentes do tatu-bola localiza-se na região norte e oeste do estado da Bahia, nos municípios de Jeremoabo, Canudos, Pilão Arcado, Remanso, Barreiras, São Desidério e Irecê, dentre outros. Caatinga (vivaterra).
Cientista que descreveu: Linnaeus, 1758
Categoria/Critério: Classificação de UICN: em perigo. Aliada à caça, é também relevante a destruição do seu habitat natural como fator responsável pela rarefação e/ou extirpação local de populações, problemas fundiários. Considera-se a espécie como a mais sensível a alterações ambientais dentre os edentados do nordeste. Reforça essa hipótese o fato de que, em áreas onde T. tricinctus já não mais subsiste, ainda são encontradas outras espécies de tatus, além de vários outros representantes da fauna local.
Esta "armadura" é composta por umas placas muito fortes que envolvem todo o seu corpo, da cabeça até à ponta da cauda.
A gravidez da mãe tatu demora mais ou menos dois meses. As crias nascem entre dois a quatro por ninhada.
Para fazer a sua toca, o tatu cava túneis muito profundos na terra mole da floresta. É na toca que passa a maior parte do dia e ela é tão grande que podem morar lá vários tatus.
Mas, se o tatu passa o dia dentro da sua toca, como é que come?
Comem insectos (principalmente larvas) e outros invertebrados, pequenas cobras e alguns vegetais, como raízes, frutos, etc.
Dizem que tem milhares de anos! Quer dizer, a sua família tem milhares de anos, porque o bichinho em si vive só cerca de quinze...
Os maiores inimigos dos tatus são os homens, que gostam muito da sua carne para comer, mas também as onças e as aves de rapina.
Sabias que os tatus, tal como as preguiças, fazem parte de uma ordem de animais chamada "sem dentes"?